Blog do Prof. Flávio Wilson

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A PRIMEIRA VEZ

Como é interessante ter a oportunidade de criar! Uau! Este é o meu primeiro 'blog'...
Começo apresentando o significado do nome: 'magister' = mestre & discipulu = discípulo; ambas vêm do Latim. Lembrei-me da letra da seguinte música:
'quero aprender, quero ensinar'...
quero viver e partilhar/ cada vez mais/ sempre melhor/ com minha (vida e) voz/ eu quero educar'. Portanto, só se aprende se existir um 'magister' e só se ensina se existir um 'discipulu'. É isso aí! Welcome! Bem-vindos!

Um comentário:

  1. Após a leitura do capítulo “Por que a relutância em escrever?” é possível concluirmos a existência de não apenas uma “crise” no processo da escrita, mas de várias. A autora fundamentou seus argumentos trazendo para seu discurso outros analistas dessa área tais como Faraco, Dimenstein, Philip Coombs, Soares, Bechara, Gracindo, Cagliari e outros. Vejamos algumas dessas ‘crises’ as quais vivenciamos em sala de aula:
    I. “... desinteresse pela aprendizagem da língua por parte dos alunos” e a escola desde a sua base, pouco articula o ensino às “situações reais de comunicação fora dela”, contribuindo para que o aprendiz sinta aversão à produção escrita; as conseqüências são alunos “sem luz”, no sentido real da origem da palavra (a= não e luno/luce=luz - ).
    II. Outra “crise” apontada pela autora é “que poucos entendem o que leem” e até já se fala que vivemos “uma crise cognitiva” (Dimenstein, 2000). O resultado dessa situação é o surgimento de alunos incapazes “de estruturar adequadamente um texto” (Rocco, 1984); Segundo Faraco, alguns chegam ao ensino superior com “acentuadas dificuldades de expressão oral e escrita”; “pouca ou nenhuma leitura”, seja de mundo ou do hábito de ler; ou seja, eles apresentam a infeliz “incapacidade de interpretação de texto”; resultado, o estudante se sente pouco à vontade de escrever (produzir) seus próprios textos.
    III. Segundo Philip Coombs, “os sistemas de ensino estão em crise”. Ele elenca algumas causas que se interrelacionam: “aumento da demanda de vagas nas escolas” sendo que os respectivos recursos para atender a essa demanda são retidos, desviados ou mal empregados. Falando claramente, falta vontade política para viabilizar o atendimento às pessoas que se utilizam do sistema educacional público; a outra causa é “inadequação do que se ensina;” fiquei surpreso em saber que estou ensinando para os meus estudantes alguns assuntos pertencentes à grade curricular do século XIX! Principalmente os livros de leitura com vocábulos que a cada parágrafo lido o aluno tem de ir ao dicionário para entender o que lê. “Os métodos, os meios de formação e recrutamento de professores também são inadequados e estão ultrapassados para os termos de uma sociedade em mudança”. Ultimamente (desde 2008 com as 10 metas ‘propostas’ pelo governo estadual) é que ouvimos falar de um recrutamento de professores mais eficaz no qual o profissional se prepara num período de quatro meses após ter sido classificado em determinado concurso público. Acredito que seja como na polícia militar, pois o soldado passa por um processo de aprendizado real (academia). Esperamos que seja efetivado esse importante procedimento. Todavia, que o profissional da aprendizagem que já esteja atuando, com eu, tenha mais tempo para o estudo (formação continuada), planejamento e aprimoramento das aulas. Há inclusive uma Lei federal que regra a respeito desse maior tempo para o professor aprimorar sua prática pedagógica na escola, porém, fora da sala de aula.
    Diante dessas causas e de mais outras, constata-se dura e friamente o seguinte quadro no ensino de Língua Portuguesa: “... de um lado professores muitas vezes, impotentes (excesso de trabalho/tarefa+atividade X tempo escasso)” e de outro, “estudantes com baixo desempenho linguíistico (desmotivação para leitura, indiferença da família, escola pouco atrativa...)” até mesmo numa mesma sala.

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